O principal propósito do jejum é buscar a Deus. Contudo, a bíblia apresenta jejuns com propósitos secundários e demonstra várias pessoas que buscaram a Deus em jejuns com os mais diversos propósitos.
O PROPÓSITO PRINCIPAL DO JEJUM BÍBLICO
O principal aspecto que norteia a prática do jejum deve se resumir em buscar a Deus, nosso coração deve estar centrado em sua vontade, em Zacarias 7.5 Deus pergunta ao povo: “Será que foi realmente para mim que vocês jejuaram?” Uma atividade religiosa não é necessariamente dirigida a Deus, devemos refletir sobre a motivação do jejum e entender que o foco deve ser por mais dEle.
A vontade de Deus é de suma importância para entendermos a prática do jejum. A abstinência de alimento não deveria ser uma tentativa de coagir Deus, para impor a nossa vontade, mas sim, para buscar entender a vontade de Deus.
“Em vez disso, deveriam dizer: “Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.”
Nós vivemos para nos sujeitar à vontade de Deus, entendendo que o jejum não existe para fazer Deus mudar de ideia, mas para que sua vontade seja revelada. Buscar a Deus é diferente de buscar o que queremos que Ele faça.
Então, como conhecer a vontade de Deus?
Pela sua palavra . Ele prometeu guiar-nos (Romanos 8.14) , quando oramos e jejuamos alinhados a vontade de Deus temos o resultado garantido :
“E esta é a confiança que temos para com Ele: que se pedirmos alguma coisa, segunda a Sua vontade, Ele nos ouve. E se sabemos que se Ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”
Quando temos uma direção do Senhor, o jejum, associado às orações, leva-nos a um rompimento espiritual. Devemos entender que a vontade divina prevalecerá, e o jejum assim como a oração não é apenas o meio pelo qual conseguimos de Deus aquilo que queremos; ela também deveria ser, em contrapartida, o meio pelo qual Deus consegue de nós aquilo que Ele quer.
IDENTIFICANDO OS PROPÓSITOS SECUNDÁRIOS DO JEJUM BÍBLICO
É possível encontrar o propósito secundário dentro do primário, no livro A Cultura do Jejum há uma lista desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, de jejuns feitos com um propósito além de buscar a Deus, esses eram:
— Consagração (Números 6): afastar-se de um pecado não cometido.
— Arrependimento (1 Samuel 7.6): afastar-se do pecado já cometido.
— Aflições (2 crônicas 20. 3–4): reconhecimento da insuficiência humana, uma clara expressão de fé e confiança em Deus.
— Buscando proteção (Ester 4.15-17): clamor por proteção em situações que estão fora de nosso controle.
— Em situações de enfermidade (Salmos 35.13): Davi mencionou jejuar e orar por outros que estavam enfermos
— Intercessão (Joel 2.15): jejum e oração nas quais não clamamos por nossas necessidades, mas sim, intercedemos por outras pessoas.
— Situações de batalha espiritual (Efésios 6.12-18): o jejum nos ajuda a discernir, de modo intenso e profundo, a autoridade que recebemos de Deus, bem como nos auxilia a ter sensibilidade e sabedoria para usar essa autoridade nos momentos de batalha espiritual.
— Preparar-se para o ministério (Lucas 4.1,2): reconhecimento de nossa insuficiência e total dependência de Deus. A recorrência revela que o jejum era um princípio praticado em ordenações e envio de ministérios.
— Adorar a Deus (Atos 13.2): busca por intimidade e proximidade por meio da adoração, não apenas para alcançar algo de Deus, mas também para oferecer algo a Ele.
O jejum não deve ser aplicado apenas quando almejamos ou precisamos de algo, devemos crescer nessa prática e aprender a jejuar, não só em horas de aflição, mas simplesmente, porque queremos mais de Deus.
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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.