Descubra como romper com uma espiritualidade de aparência e viver um relacionamento autêntico com Deus
Muitos cristãos sinceros, mesmo após se comprometerem com Cristo, descobrem que sua espiritualidade não está se desenvolvendo como esperavam. Há quem se sinta travado, frio, vivendo altos e baixos na fé. Outros simplesmente desistem da caminhada. Afinal, o que está dando errado?
A verdade é que existe um abismo entre a aparência espiritual e a verdadeira transformação interior. É possível seguir liturgias, participar de programações, aparentar santidade e, ainda assim, estar profundamente distante de Deus. Essa espiritualidade de fachada, que Jesus confrontou ao chamar os fariseus de “sepulcros” continua ativa nos nossos dias.
‘ — Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês são semelhantes aos sepulcros pintados de branco, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!’ Mateus 23:27
Trata-se de uma fé plástica, externa, moldada por costumes, regras e vaidades, mas incapaz de gerar vida de verdade.
O pastor Renato Henriques, em seu livro Clínica da Alma, aborda esse assunto e nos guia pelo caminho de entender e transformar essa realidade.
QUANDO A FÉ ADOECE
Espiritualidade saudável não se mede por quantidade de atividades, mas por profundidade de relacionamento. Muitos estão tentando compensar carências emocionais e culpas internas com atuação religiosa. Mas religiosidade e intimidade com Deus não são sinônimos. Como disse um antigo professor: “Espiritualidade exagerada é carnalidade”. Há algo profundamente doente quando tentamos parecer espirituais para esconder feridas não tratadas.
Foi exatamente esse tipo de fé doente que Jesus advertiu quando disse:
‘Visto que milhares de pessoas se aglomeraram, a ponto de se atropelarem umas às outras, Jesus começou a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: — Cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. ‘ Lucas 12:1
O fermento age em silêncio, mas contamina toda a massa. Se não tratamos o interior, nossa vida com Deus se torna uma encenação e o serviço religioso se torna o lugar onde escondemos nossa dor.
Muitos de nós começamos a vida cristã com uma lista de “pode ou não pode”, mas não aprendemos a construir um relacionamento com Deus. No entanto, a fidelidade não vem de uma obrigação cega, mas do amor. Da mesma forma que um casamento saudável é sustentado por aliança e compromisso, e não por medo de regras quebradas, nossa vida espiritual precisa ser nutrida por amor e devoção, não por imposições.
A espiritualidade que Jesus nos chama a viver é cheia de vida, fruto de arrependimento, transformação, santificação. Não se trata de parecer ser, mas de verdadeiramente ser. É uma caminhada que nos tira da margem da fé e nos convida a vivê-la de maneira profunda e participar ativamente do propósito de Deus para nós.
HORA DE SAIR DA ARQUIBANCADA
Você pode ter vivido anos apenas “assistindo” à vida espiritual acontecer. Mas Deus está chamando você para o centro do propósito dele. Um encontro verdadeiro com o Pai muda tudo: nos revela quem ele é, e, por consequência, nos revela quem realmente somos. Nem sempre é fácil ver a verdade sobre nós mesmos, mas é nesse lugar de honestidade que começa a transformação.
Deus não quer sua performance. Ele quer seu coração. Chegou a hora de sair da religiosidade e mergulhar em uma espiritualidade que cura, liberta e transforma. Sua vida espiritual pode ser restaurada e tudo começa com um passo: voltar-se a Deus com sinceridade e coragem.
ESTUDO BASEADO NO LIVRO ‘CLÍNICA DA ALMA’ DO PASTOR RENATO HENRIQUES, ADQUIRA JÁ EM LOJA.ORVALHO.COM