"Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus;"
A graça de Deus é uma força capacitadora para viver em santidade. Na carta a Tito, Paulo enfatiza que a mesma graça que traz a salvação é a que nos ensina a viver uma vida separada do mundo e do pecado:
"Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos. Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras."
A graça não é uma permissão para pecar, mas uma manifestação divina para libertar as pessoas do pecado. Quando a salvação é alcançada, o pecado e o mundo devem ser, definitivamente, deixados para trás. Uma vida de retidão, piedade e sobriedade precisa ser vivida. Essa é a obra completa da graça.
ESFORÇO HUMANO X GRAÇA DIVINA
A Bíblia fala de esforço humano e graça divina combinados. Um não exclui o outro. Somos dependentes da graça, mas cooperadores dela. Devemos fazer a nossa parte, não apenas na conversão, que é santificação inicial, mas na caminhada cristã, a santificação progressiva.
"Portanto, esforcemo-nos por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo aquele exemplo de desobediência. Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e expostas aos olhos daquele a quem temos de prestar contas."
Depois de afirmar que o propósito do esforço é que ninguém caia, o autor salienta que a Palavra de Deus é viva e eficaz, penetra profundamente e é apta para discernir os propósitos do coração. Tudo está visível aos olhos de Deus.
TRONO DA GRAÇA
Jesus é o sumo sacerdote que se compadece de nossas fraquezas. O Cristo homem, que foi tentado em tudo, mas sem pecado. Ele conhece plenamente as nossas lutas e fraquezas.
Esse entendimento sobre o caráter compassivo do Salvador, introduz a ideia do trono da graça. Para uma compreensão ampla, é necessário analisar à luz da tipologia bíblica e, também, do contexto histórico e cultural. O trono é assento de reis e governantes. As pessoas normalmente só se aproximavam de um trono para uma audiência, para apresentar uma causa a ser julgada. Na Bíblia, essa figura remete a juízo – como quando Cristo descreve a si mesmo sentado no trono de Sua glória para julgar as nações (Mt 25.31). O mesmo pode ser visto no juízo do grande trono branco (Ap 20.11,12). Portanto, na própria tipologia bíblica, o trono indica juízo.
Contudo o trono da graça, do qual devemos nos achegar para acessar socorro e misericórdia, contrasta com juízo. O propósito não é oferecer julgamento aos que lutam contra o pecado, mas graça. O objetivo não é condenar, e sim ajudar aos que são tentados. A aproximação a esse trono não causa receio, pode ser feita confiadamente!
Onde está o trono da graça? A uma oração de distância. Ele também se manifesta na Palavra e pelo Espírito Santo. O ponto é que está disponível para quem precisa de ajuda não para os totalmente santos, mas para os que querem vencer a luta contra seus próprios maus desejos. Quem se assenta nele é um Rei compassivo, que sabe exatamente o que é ser tentado e está pronto a socorrer os que também são.
Temos que nos esforçar, mas jamais sozinhos, porque temos acesso ao trono da graça e essa graça nos basta .
ESTUDO BASEADO NO LIVRO “O IMPACTO DA SANTIDADE” DE LUCIANO SUBIRÁ, ADQUIRA JÁ NA LOJA.ORVALHO.COM