“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”
Mateus 6.9-10
Um dos maiores dilemas da alma humana é a crise de identidade. Muita gente vive anos tentando responder perguntas como: Quem eu sou? Para onde estou indo? No fundo, essa busca é uma tentativa de se encontrar, de se conectar com algo mais profundo que dê sentido à existência.
A verdade é que há uma multidão de cristãos, que ainda não sabem quem são em Deus. Vivem aprisionados a traumas, feridas emocionais e mentiras sobre si, sem nunca experimentar a liberdade que uma identidade bem resolvida pode trazer. Mas a boa notícia é que existe um caminho.
IDENTIDADE: O ALICERCE DO PROPÓSITO
Você já parou para pensar como sua história de vida moldou quem você é hoje? Nossa identidade não surge do nada, ela é construída nas relações, principalmente na nossa família de origem. Pais ausentes, figuras de autoridade abusivas ou experiências de rejeição podem distorcer completamente a maneira como nos vemos. E uma identidade ferida compromete o futuro.
É por isso que tanta gente se sente travada, andando em círculos e sem força para avançar. Não se trata apenas de traumas ou memórias dolorosas. Trata-se de não saber quem se é, e, por isso, não saber aonde ir. A identidade é o ponto de partida de toda missão. Você só poderá viver com clareza e propósito quando souber, com firmeza, quem é.
A CRISE DE IDENTIDADE E SUAS ARMADILHAS
Pessoas com crise de identidade vivem em extremos: ou se tornam reféns da rejeição, ou caem em atitudes de rebelião. Ambas são formas de defesa, de tentar sobreviver a uma dor interna que ainda não foi curada.
Quantos de nós passamos boa parte da vida tentando agradar os outros, buscando aceitação, nos sabotando, vivendo com medo de errar, ou fugindo da responsabilidade de encarar o que nos feriu? Esses mecanismos de defesa não resolvem o problema, só nos afastam ainda mais da verdade sobre quem somos.
E mais: a crise de identidade nos paralisa. Nos impede de ser assertivos, de escolher com clareza, de avançar com firmeza. Sem identidade, não há norte. E sem norte, toda caminhada se torna um esforço sem direção.
Essa é uma verdade espiritual que não podemos ignorar. O inimigo sempre vai tentar nos confundir sobre quem somos. Foi assim com Jesus: no deserto, Satanás o confronta com a frase:
‘Então o tentador, aproximando-se, disse a Jesus: — Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães. ‘
Mateus 4:3
O objetivo era minar sua identidade, porque quem não sabe quem é, não sabe o que pode fazer.
Talvez você tenha sido ferido exatamente aí: na sua essência. Mas a identidade não precisa continuar ferida. Ela pode ser restaurada. E essa restauração começa com um passo: a decisão de assumir responsabilidade pela própria história. Não para viver como vítima, mas para se tornar agente de mudança.
O CAMINHO DA CURA
Uma identidade bem resolvida não significa uma vida sem problemas, mas sim maturidade para enfrentá-los. É o que nos permite quebrar ciclos familiares, abandonar crenças limitantes e construir novos padrões de comportamento.
A chave está em olhar para o passado com honestidade, reconhecer a dor, mas não se definir por ela. Nossa identidade não é o que fizeram conosco, mas o que escolhemos fazer com o que fizeram.
O processo de cura da identidade é também um processo de reconstrução da vida. Ao deixar de repetir padrões, abrir o coração para transformação e ajustar nossas crenças à verdade de Deus, nos tornamos livres para viver nosso chamado.
E essa jornada não tem linha de chegada. A saúde emocional não é um destino, mas um caminho de crescimento contínuo. Tornar-se uma melhor versão de si é um processo que exige coragem, constância e verdade.
ESTUDO BASEADO NO LIVRO ‘CLÍNICA DA ALMA’ DO PASTOR RENATO HENRIQUES, ADQUIRA JÁ EM LOJA.ORVALHO.COM