Devemos orar não somente pelo entendimento do propósito de Deus para nossos filhos, mas também buscar a direção de Deus sobre como criá-los.
“Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da sua mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando enfrentar os seus inimigos no tribunal.”
Assim como o guerreiro é aquele que lança a flecha em direção ao alvo, é responsabilidade dos pais apontar nessa direção, para isso, precisamos buscar a vontade de Deus.
APRENDENDO COM REBECA
Um exemplo bíblico de direcionamento, são os filhos de Isaque e Rebeca. Em Gênesis 25.21-26, depois de muitos anos de oração, Rebeca que era estéril engravida de gêmeos. Seus filhos lutavam em seu ventre e ela pergunta ao Senhor o porquê disso estar acontecendo. “E o Senhor lhe respondeu: ‘Duas nações estão em seu ventre, dois povos, nascidos de você, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, o mais velho servirá o mais moço.” Quando nasceram, veio primeiro Esaú, ruivo e peludo. Logo após, segurando o calcanhar de Esaú, nasceu Jacó. Esse texto nos ensina preciosas lições:
REBECA BUSCOU RESPOSTAS
Logo que Rebeca sentiu em seu ventre uma luta, buscou direcionamento do Senhor, procurou respostas para entender o porquê daquilo. Assim somos nós, devemos buscar entender qual é a vontade de Deus para nossos filhos, precisamos perguntar ao Senhor e ansiar por Sua resposta.
DEUS RESPONDEU REBECA
“Clame a mim e Eu responderei e lhe direi coisas grandes e insondáveis que você não conhece.”
Deus nos responde, devemos crer na resposta divina, ainda que não a tenhamos com a clareza e detalhes que gostaríamos, devemos buscar incessantemente pela resposta. Ele mesmo nos prometeu a direção.
A PALAVRA FOI CONFIRMADA DEPOIS
O próprio Deus falou a Rebeca: “Duas nações estão no seu ventre, dois povos.” Gênesis 25.23. Nessa época, não havia nenhum tipo de exame que pudesse confirmar a profecia que o Senhor deu a Rebeca, a palavra se cumpriu no nascimento.
Hoje, cremos que devemos viver a direção pessoal do Espírito Santo (Romanos 8.14). Muitas vezes, receberemos palavras que irão confirmar esse direcionamento (1Tessalonicenses 5.20).
Precisamos orar, para que com a graça do Senhor, entendamos o propósito divino para nossos filhos.
Os pastores Luciano e Kelly Subirá, em seu livro Como Flechas, compartilham suas experiências em relação a seus filhos, quando oraram e buscaram a Deus, pedindo entendimento sobre o propósito dEle para a vida de cada um.
Deus falou ao Luciano Subirá: “Você terá um filho homem e ele será chamado pelo meu nome.” Ao chegar em casa, repartiu sua experiência com Kelly Subirá e em oração buscavam por direção celestial para a escolha do nome dele. Kelly então, já grávida, sonha com o Senhor dizendo que o nome do menino deveria ser Israel, ele seria alguém que luta e prevalece, assim como o patriarca da Bíblia (Gênesis 32.28).
Mas por que Deus interferiria na escolha do nome de um filho?
O nome fala sobre identidade, e está conectado ao propósito divino. Isso não significa que não podemos escolher o nome de nossos filhos, mas que devemos perguntar ao Senhor qual o propósito Ele tem para nossos filhos e, se a vontade dEle for escolher um nome, amém. Se não for, devemos continuar buscando o cumprimento do projeto celestial na vida deles.
APRENDENDO COM OS PAIS DE MOISÉS
Êxodo 1.22 nos fala sobre um episódio de aniquilação estabelecido pelo Faraó, todos os meninos hebreus deveriam ser jogados no rio Nilo.
Arão e Joquebede eram pais de Moisés, seu nascimento foi logo após o decreto real e seus pais decidiram escondê-lo.
A bíblia nos diz que eles não só lutaram para que seu filho sobrevivesse, como também entenderam quem era a criança que lhes foi confiada.
“Um Homem da casa de Levi casou com uma mulher da mesma tribo. A mulher ficou grávida e deu à luz um filho. Vendo que o menino era bonito, escondeu-o durante três meses.”
A palavra nos conta que a razão pela qual eles o esconderam era porque o “menino era bonito”. Estevão, em seu último discurso antes de ser apedrejado interpretou a frase:
“Este outro rei tratou com astúcia a nossa gente e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los a abandonar seus meninos recém-nascidos, para que não sobrevivessem. Por esse tempo nasceu Moisés, que era formoso aos olhos de Deus.”
Pastor Luciano Subirá destaca que a palavra hebraica usada em Êxodo, traduzida por “bonito”, é towb e significa: “bom, agradável amável, excelente, rico, considerado valioso, apropriado, conveniente, melhor, satisfeito, feliz, generoso, benigno, correto.” Os pais de Moisés tiveram a percepção do propósito de Deus para seu filho, por isso, era considerado valioso numa proporção maior do que apenas como um filho. A palavra de Deus enfatiza que os pais de Moisés, o esconderam pela fé! (Hebreus 11.23)
Depois de três meses, tiveram que abandoná-lo, mas Arão e Joquebede encontraram uma forma de jogar seu filho no rio Nilo sem que tivessem que matá-lo, utilizando um cesto de junco, lançaram o menino para que não se afogasse, com sua irmã acompanhando de longe (Êxodo 2.3,4).
Colocar Moisés em um cesto, e lançá-lo ao rio, foi um ato de fé e confiança em Deus. Moisés foi encontrado pela filha de Faraó e foi criado por sua mãe, que era paga para fazê-lo.
Assim como os pais de Moisés, devemos confiar no Senhor para os desdobramentos de seus planos na vida de nossos filhos.
APRENDENDO COM OS PAIS DE SANSÃO
Os pastores Luciano e Kelly Subirá usam como exemplo os pais de Sansão, levantado como um dos juízes de Israel (Juízes 16.31).
O Anjo do Senhor falou com a mãe sobre o projeto celestial para o filho que Deus lhes daria (Juízes 13.6,7), ao repartir o acontecimento com seu marido, Manoá, ora ao Senhor para que lhes ensine como deveriam criar o menino que haveria de nascer (Juízes 13. 8-14).
O QUE APRENDEMOS COM ESSE PAI?
Devemos orar não somente pelo entendimento do propósito de Deus para nossos filhos, mas também buscar a direção de Deus sobre como criá-los.
Sansão seria um Nazireu, separado para Deus. Manoá entende a responsabilidade e não pergunta a Deus somente como criá-lo, como também sobre o seu serviço.
Manoá não tinha dúvidas de que a Palavra do Senhor se cumpriria.
Devemos crer e encaminhar nossos filhos para que vivam os planos de Deus, que possamos aprender com cada um desses exemplos e nos inspirar na criação de nossos filhos.
Texto baseado no curso e no livro Como Flechas de Luciano e Kelly Subirá acesse: loja.orvalho.com
Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.