Vigilância, preparo e o retorno de Jesus
Em Mateus 25.1–13, Jesus contou a parábola das dez virgens. Todas estavam à espera do noivo, mas apenas cinco levaram azeite suficiente para manter suas lâmpadas acesas. Quando o noivo chegou, as prudentes entraram com ele para a festa. As insensatas, despreparadas, ficaram de fora. O texto termina com uma frase solene: “e fechou-se a porta”.
Esse alerta nos lembra que a vinda de Jesus não é apenas uma doutrina, mas uma realidade certa e definitiva. O Senhor voltará, e a Bíblia insiste que precisamos viver preparados para esse encontro.
O retorno do noivo
A volta de Cristo é o clímax da redenção. O próprio Jesus prometeu:
“Voltarei e os receberei para mim mesmo” (João 14.3).
Atos 1 diz que ele voltará do mesmo modo como subiu aos céus. Os apóstolos reafirmaram essa esperança em várias cartas, lembrando que tanto os que morreram em Cristo quanto os que estiverem vivos serão transformados naquele dia.
Não é apenas uma informação profética; é uma verdade que molda nossa fé. A igreja primitiva vivia essa expectativa diariamente, proclamando “Maranata” como forma de manter o coração desperto. Assim também somos chamados a esperar e amar a vinda do Senhor.
A preparação da noiva
Se há um casamento marcado, a noiva precisa estar pronta. O Apocalipse descreve a igreja vestida de linho finíssimo, que simboliza santidade e justiça. Paulo ensina em Efésios 5 que Cristo se entregou por nós para nos purificar e apresentar a si como uma igreja gloriosa, sem mancha nem ruga.
Essa preparação envolve vigilância e santificação. Jesus advertiu que nossos corações não podem se sobrecarregar com preocupações, prazeres ou distrações que nos afastem de Deus. Paulo escreveu que devemos nos despir das obras das trevas e nos revestir do Senhor (Romanos 13.11–14). Preparar-se significa cultivar diariamente um relacionamento real com Cristo, com óleo suficiente para manter a chama acesa.
A porta que se fecha
A parte mais dura da parábola é a irreversibilidade. As virgens imprudentes bateram à porta, mas ouviram a resposta: “Não as conheço”. Não houve segunda chance. Jesus repete essa advertência em outras parábolas: o servo mal lançado fora, o servo inútil entregue às trevas, as ovelhas separadas dos cabritos no juízo final. Em todas, a consequência é definitiva.
Isso confronta as ilusões criadas por doutrinas humanas, como a ideia de purgatório ou de que haverá uma “repescagem” após o arrebatamento. A Bíblia é clara: o tempo de decisão é agora. Quando a porta se fecha, não se abre mais.
Viver em vigilância
A expectativa da volta de Cristo não deve gerar medo, mas amor e esperança. Paulo disse que há uma coroa reservada a todos os que amam a vinda do Senhor (2 Timóteo 4.8). Amar esse dia muda nossa forma de viver: coloca o eterno acima do passageiro, traz sobriedade em meio às distrações e fortalece nossa fidelidade em cada escolha.
Não sabemos se iremos primeiro a Deus pela morte ou se ele virá nos buscar. O que importa é que o encontro acontecerá. Por isso, não podemos adiar a preparação. O chamado de Jesus é simples e direto: “Vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora”.
A vida cristã não é uma espera passiva, mas uma vigilância ativa, marcada por santidade, fidelidade e esperança. O fechamento da porta nos lembra que as consequências da negligência são sérias e irrevogáveis. Mas também nos lembra que, para quem está preparado, há uma festa, um encontro de amor, o desfecho da obra redentora.
Que possamos viver de tal forma que, quando o noivo vier, ele nos encontre prontos, com a lâmpada acesa e o coração ardendo. E que o clamor da igreja primitiva seja também o nosso: Maranata! Vem, Senhor Jesus!
Texto baseado na mensagem FECHOU-SE A PORTA do Luciano Subirá.