Uma das imagens mais tristes da igreja é: um líder sobrecarregado enquanto a muitos observam passivamente. Mas essa nunca foi a intenção de Jesus. Ele nos escolheu e nos designou para dar frutos que permaneçam. Isso significa ativar dons, levantar pessoas e liberar vocações.
‘Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os designei para que vão e deem fruto, e o fruto de vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem ao Pai em meu nome, ele lhes conceda. ‘ João 15:16
Se os dons estão presentes, mas não são usados, isso enfraquece o corpo de Cristo, que deveria ser formado por muitos membros atuando em harmonia.
‘Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé; se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino; o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria. ‘ Romanos 12:4-8
Quando apenas uma minoria carrega o peso do ministério, a igreja se torna desproporcional e frágil.
DONS PARADOS, IGREJAS ENFRAQUECIDAS
A liderança centralizada não só esgota pastores, como impede que os membros desenvolvam sua vocação. O resultado? Dons desperdiçados, ministérios engavetados e discípulos inativos.
Paulo, por outro lado, era um líder que treinava para sair. Ele identificava dons, encorajava os vocacionados e depois os liberava para avançar, mesmo que isso significasse ser ofuscado. Ele sabia que não era sobre ele, era sobre o reino.
“Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 Timóteo 1.7)
O RISCO DE CONTROLAR E A RECOMPENSA DE LIBERAR
Sim, liberar pessoas traz riscos. Elas podem errar, cair ou se desviar. Mas manter tudo sob controle é um risco ainda maior. Paulo não ficou para micro gerenciar cada igreja plantada. Ele confiou no Espírito Santo.
Liderança bíblica não é controle, é serviço. Jesus, sendo Senhor, assumiu a forma de servo. E todo líder que deseja seguir seus passos deve fazer o mesmo: levantar, treinar e liberar.
‘Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana,’ Filipenses 2:7
Esse chamado é para todos. Precisamos entender a função do serviço no Reino e o papel de cada crente em Jesus é anunciar o evangelho a toda criatura.
TODOS TÊM UM PÚLPITO
Todos são chamados, ungidos e enviados. Alguns pregam no púlpito, outros pregam no mercado, na escola, em casa ou no hospital. Onde houver alguém cheio do Espírito, ali está um ministro.
“Deus escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes.” 1 Coríntios 1.27
Quando líderes liberam seus liderados, milagres acontecem. Gente comum realiza coisas extraordinárias. Foi o que vimos no avivamento em Samaria com o diácono Filipe.
‘Filipe foi à cidade de Samaria e anunciava Cristo ao povo dali. As multidões, unânimes, davam atenção às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele fazia. Pois os espíritos imundos, gritando em alta voz, saíam de muitos que estavam possuídos por eles; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade. ‘ Atos 8:5-8
O desejo de Deus é um corpo onde todos participam. Fomos chamados para ser ministros. Quando isso é entendido, a igreja cresce com saúde, poder e verdade.
É HORA DE LIBERAR O POVO DE DEUS.
A igreja não foi feita para uma elite espiritual, mas para uma multidão de filhos ativos em seus dons. Deixe de lado o controle. Abrace a servidão e o nome de Jesus será glorificado.
“A recompensa da liderança é quando liberamos as pessoas, não quando as controlamos.” Larry Titus
TEXTO BASEADO NO LIVRO “AS CHAVES DO REINO” DE LARRY TITUS. ADQUIRA JÁ EM LOJA.ORVALHO.COM