“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.”
Tiago 1.14-15
A maioria de nós se prepara para momentos importantes da vida: estudamos para uma prova, treinamos para uma maratona, ensaiamos antes de uma apresentação. Mas, quando se trata de enfrentar a tentação, costumamos agir como se fôssemos naturalmente capazes de vencê-la. A verdade? Não somos. E é justamente essa presunção que nos enfraquece.
VOCÊ NÃO SERÁ FORTE DE REPENTE
Na hora em que a tentação aparece não há tempo para construir maturidade espiritual instantânea. Você precisa estar pronto antes.
Jesus sabia disso. Por isso, ele orientou seus discípulos:
“Vigiem e orem, para que não caiam em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
Mateus 26.41
A carne é fraca. A força de vontade humana é limitada. Se você tentar resistir com base apenas na sua autoconfiança, mais cedo ou mais tarde vai cair.
1. RECONHEÇA A SUA FRAQUEZA: O INIMIGO MORA DENTRO
O primeiro passo para estar preparado é olhar no espelho com honestidade. Nem sempre o perigo está no que vem de fora, muitas vezes, ele está nas nossas próprias inclinações, desejos e impulsos.
Tiago deixa isso claro ao dizer que somos tentados pela nossa própria cobiça. Ou seja, o pecado começa dentro de nós.
Essa é uma verdade desconfortável. Gostamos de pensar que somos pessoas boas, que erramos apenas de vez em quando. Mas a Bíblia diz:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós.”
1 João 1.8
O maior risco que você pode correr é acreditar que está imune à queda. O orgulho espiritual antecede o tropeço.
2. NÃO CONFIE DEMAIS NA FORÇA DE VONTADE
Você já prometeu a si mesmo que não cometeria mais determinado erro… e caiu de novo?
Isso acontece porque superestimamos nossa capacidade de resistir. O autocontrole é como um músculo, ele se cansa. Depois de um dia inteiro tomando decisões difíceis, lidando com pessoas difíceis e controlando suas reações, sua mente chega exausta. É nesse momento que você está mais vulnerável.
É por isso que o apóstolo Paulo nos alerta:
“Por isso, aquele que pensa estar em pé veja que não caia.”
1 Coríntios 10.12
O problema não é reconhecer a fraqueza. O problema é ignorá-la achando que somos invencíveis. Quem confia apenas em si mesmo está a um passo de tropeçar.
3. SE PREPARE HOJE PARA VENCER AMANHÃ
A chave para vencer a tentação não está na hora da batalha, mas no que você faz antes dela chegar. Jesus nos deu uma estratégia: vigiar e orar. Não é apenas uma postura de defesa, mas um chamado à vigilância e comunhão com Deus constante.
Além disso, a Palavra nos instrui:
“Fiquem alertas, permaneçam firmes na fé, mostrem coragem, sejam fortes.”
1 Coríntios 16.13
Como isso se aplica à prática?
- Crie limites antes que precise deles. Não espere estar sozinho e emocionalmente abalado para decidir se deve ou não abrir aquele site, enviar aquela mensagem ou aceitar aquele convite.
- Fortaleça-se com a Palavra. Alimente seu coração diariamente com verdades eternas, não apenas quando estiver prestes a cair.
Cerque-se de pessoas que te fortaleçam. Busque mentores, amigos e irmãos que oram com você, encorajam e te lembram do seu propósito.
NÃO ESPERE O LEÃO RUGIR PARA SE LEMBRAR DA ARMADURA
Pedro nos alerta sobre o nosso adversário:
“Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o adversário de vocês, ronda como um leão, rugindo e procurando a quem devorar.”
1 Pedro 5.8
Você não vai vencer um leão com improviso. Vai vencê-lo com preparo, vigilância e a autoridade que vem de Cristo.
O maior engano que podemos viver é pensar que o pecado vai embora com o tempo. Ele só perde força quando é enfrentado com verdade, dependência de Deus e preparação espiritual.
Olhe para dentro de si hoje. Quais são suas áreas vulneráveis? Que tipo de tentação sempre volta a bater na porta?
Tome decisões antecipadas. Fortaleça seu espírito. Mantenha-se alerta. Porque quando a tentação vier, você estará pronto para vencer.
