Após a conversão há uma resposta que será determinante ao sucesso do relacionamento íntimo com Jesus, se entregar completamente em um vínculo de amor e total rendição ou viver segundo suas próprias vontades e apostatar-se da fé.
Paulo, que antes vivia de maneira entregue às próprias paixões, a partir da experiência de transformação, decidiu morrer para sua vontade a fim de servir a Igreja.
“Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé. O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte,para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.”
O senhorio em um mundo que vive uma cultura egoísta e amante de si mesma é um desafio e por muitas vezes, uma ideia que tem sido rejeitada até dentro da própria Igreja, mas é um fato, não há como viver Cristo sem o seu senhorio. Ele é o cabeça da Igreja (Colossenses 1.18).
Por isso, quanto maior a tolerância com as vontades da carne, procurando fugir de conflitos, além de um afastamento de Cristo, as pessoas se tornarão escravas de si mesmas, deixando de desfrutar as bênçãos já conquistadas por Jesus.
O desejo do Pai é ser o Senhor, mas porquê as pessoas não se rendem ao senhorio de Cristo?
REGENERAÇÃO
Para ser sujeito a Cristo é necessário ter o Espírito Dele, na carta aos Romanos o apóstolo Paulo enfatiza que a presença do Espírito no corpo humano é capaz de vencer os desejos.
“Vocês, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vocês, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o Espírito é vida, por causa da justiça.”
ENSINOS ERRADOS
Outro fator que contribui para que as pessoas tenham dificuldade em se sujeitar está relacionado aos ensinos errados dos falsos mestres:
“Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.”
O coração egoísta voltado ao seu eu, que hoje é aplaudido pela sociedade, busca ouvir aquilo que agrada seu coração. O evangelho em contrapartida é confrontador, convida o homem a negar a si mesmo e apoderar-se da verdade de Cristo.
INDISPOSIÇÃO EM APRENDER
Aqueles que mesmo conhecendo a verdade, frequentando a cultos confrontadores, preferem não obedecer e não inclinar seu coração Senhor, nunca viverão o senhorio de Cristo. No livro O Poder da Experiência com Deus do pastor Marcelo Jammal, há um trecho que chama a atenção:
“Disciplina se refere ao retorno do padrão perdido e não à punição. Caso alguém, considerando-se cristão, vive deliberadamente no pecado, mas, mesmo assim, não é disciplinado pelo Senhor, isso não deveria ser interpretado como motivo de alegria, e sim de tristeza, pois indica bastardia. Deus não disciplina filhos do diabo."
FALTA DE REVELAÇÃO DA PESSOA E DA OBRA DE JESUS CRISTO
Quando se entende quem Jesus é e qual a sua obra, render-se e submeter-se a Ele se torna honroso, o problema é que muitos vem a Cristo apenas como um solucionador de problemas, mas uma vez entra o egocentrismo, em que o “eu e meu” problema são mais importantes do que a obra completa de Deus.
Na nova aliança o cristão é convidado seja para viver ou morrer, ter o mesmo propósito: glorificar ao Criador.
“Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.”
RELACIONAMENTO COM CRISTO
Com o novo nascimento, vivendo em submissão e com um relacionamento íntimo com Jesus é possível viver a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
Ele convida o ser humano para carregar a cruz, negar as paixões e desfrutar de tudo que o seu senhorio tem a oferecer. O Senhor espera a rendição voluntária do cristão, esta que é gerada em seu coração através da regeneração, a partir do novo nascimento. Portanto, o único modo de agradar a Deus é não seguindo o percurso caído deste mundo, mas viver buscando um relacionamento íntimo com o Senhor.
Esse relacionamento é construído através de conhecer quem Deus é, seu caráter e propósitos se tornam alimento, e quanto mais se consome mais se deseja consumir. A partir disso se torna fácil distinguir a sujeição que Ele espera e a revelação da pessoa e da vontade de Deus.
Em Isaías 45:23 a Palavra declara que todo joelho se dobrará diante do Criador:
“Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho.“
Todos reconhecerão quem é o Cristo, mesmo sem antes se submeterem ao seu senhorio e vivendo de acordo com suas próprias vontades. Mas Deus deseja que o cristão se deleite naquilo que Ele já preparou, e com o entendimento que quem Ele é, servir não é uma obrigação e sim uma maneira de manifestar a vontade Dele aqui na Terra.
A Igreja é ordenada a ser um instrumento de evangelização, não apenas oferecendo as bênçãos do Reino, e sim, tornando conhecido o autor da fé.
A VERDADEIRA ORDEM
Na conhecida oração do Pai nosso, em Mateus 6.9-10, Jesus ensina a ordem com que as coisas devem ser colocadas em oração, um padrão celestial:
“Portanto, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.”
Antes de pedir por qualquer coisa para o corpo terrestre, mesmo por comida, Ele instruiu a orar por paternidade, santidade, Reino e o seu propósito. Antes de qualquer coisa, o Senhor deseja fazer o seu coração conhecido.
É preciso nascer de novo para alcançar a paternidade, santidade e ser instrumento de seu Reino, somos chamados para viver a reconciliação através da regeneração em Cristo Jesus.
Seja abençoado e fortificado a viver de maneira profunda e íntegra com Cristo.
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Autor: Marcelo Jammal